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Folhas de outono…
…a cair, displicentes, pelo chão,
Como os sonhos que se foram,
Levando tuas lembranças,
Pra bem longe, em dispersão,
Deixando ao desamparo
Um amargo coração…
Folhas de outono…
Vocês se vão… já tiveram
Um papel na natureza,
E ainda continuam
A espalhar tanta beleza…
Mas meus sonhos, insensatos,
Mal cumprindo seu papel,
Abandonam-me à tristeza,
Se esparramam com o vento,
Arrastando a esperança,
Espalhando a incerteza…
Folhas de outono…
… que em ciclos voltarão,
No vai-e-vem das estações,
Em divinas produções,
Noutros toques de magia,
Em meigas transformações…
E meus sonhos?…
Se os meus sonhos…
…quem me dera…
Retornassem a meu viver,
Como as folhas de outono
E as cores da primavera…
Se... em meu outono interior,
Os sonhos reacendessem
As chamas de outrora, amor...
Certamente, então, fariam
Um milagre acontecer:
Renascerem minhas crenças,
Cessar o meu padecer…
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A glória da amizade não é a mão estendida,nem o sorriso carinhoso,nem mesmo a delícia da companhia.É a inspiração espiritual que vemquando você descobreque alguém acredita e confia em você.
No mundo encontramos, durante nossa existência, com muitas pessoas,
conhecemos a dor, a alegria, a tristeza, a felicidade...
Enfim inúmeros sentimentos e, na maioria das vezes,
estes são relacionados a pessoas e suas atitudes ou comportamentos.
Nossa vida é um constante arco-íris e suas cores simbolizam
cada momento que vivemos e passamos.
Nem sempre a amplidão do azul é constante, porém nossos olhos nunca
deixam de enxergar o verde da esperança e o amarelo do sol,
porque o calor e o brilho partem do interior de pessoas
que exalam sua pureza e bondade onde quer
que estejam, onde quer que andem.
Nunca deixe que essa luz se apague, pois a mesma ainda percorrerá
grandes caminhos de muitas alegrias e felicidades...
Ando querendo aprender,
ando procurando saber
o que é mais bonito na vida.
E nesse busca tão longa,
descobri alguma coisa:
o sorriso das crianças,
o canto dos passarinhos,
o vento em forma de brisa,
movimentos de nuvens,
claridade do céu após a chuva,
murmúrio de águas que passam,
música ao longe,
saudade dos quinze anos,
beijos da mulher amada.
Descobri mais ainda:
A sinfonia de um amanhecer,
a tristeza da boquinha da noite,
o dia de Natal,
o primeiro velocípede,
primeira bicicleta,
primeira árvore que a gente planta,
viagem de férias para bem longe,
tradução sem dicionário,
o quadro na exposição.
Doce é ver enchente,
sentir neblina,
Chupar manga rosa,
comer pêssego maduro,
e... sonhar acordado.
Somos todos amigos
que diariamente estamos juntos,
e não temos um perfil de cada rosto,
não sentimos o seu perfume
e as suas vibrações.
Nós teclamos muitas e muitas vezes,
com olhar firme no monitor,
e a imaginação solta,
na tentativa de visualizar
uma moldura, uma face.
Viajamos nos labirintos do infinito,
através do tempo e do espaço,
em busca de algo definitivo, ou
mesmo na busca de um conforto,
para aliviar nossos anseios,
desabafar uma mágoa contida,
ou trocar juras de amor.
Tenho recebido dezenas de
mensagens, ensinamentos.
Recebo beijos e abraços,
compartilhamos pensamentos,
de pessoas que estão distantes
e nem ao menos sabemos
de onde é, de quem se trata,
qual é a sua cor, religião.
Muitas vezes, esquecemos-nos,
dos amigos reais, para ficar horas e
horas com os virtuais.
Numa concessão de mistérios,
onde cada um,
tenta desvendar nas entrelinhas,
todo o histórico dos amigos sem rosto.
Ps-Peço Desculpa Amigo Sem Rosto mas gostei tanto deste poema que tinha que o meter no meu blog.
Um beijo para ti
Pergunto-me.
Porque vivemos?
Porque morremos?
O porquê do intermédio é válido
ou é só um ciclo fictício e mórbido para escolher almas nobres?
Dúvidas existenciais que pouco contam aos Adultos, aos cientistas, aos dentistas, aos nascidos, aos morridos,
preocupados em viver, burros com os olhos tapados,
só a estrada podem ver.
Não admiram a paisagem, não saboreiam o percurso,
só vêem a chegada.
Interessa chegar sem demora ao destino
sem amor e interesse pelas vidas que os ultrapassam
com idêntico desinteresse.
Não quero ser burro de olhos vendados, porém burro eu sou,
cascos não tiram vendas, nem cegos vêem,
porém observam melhor que os meros mortais as coisas da vida.
Porém são cegos, porém vêem, porém são homens,
porém são aleijados, porém são puros, porém são descarnados.
Assim é a vida de um cego, curto de vista, largo de visão,
quem dera ser cego para tudo aparecer num clarão.