. DOIS CORPOS, SÃO UMA VIDA...
. Não sei como apareces de ...
. Amar…
. ESTE AMOR QUE NÃO CABE NA...
. DESERTO
Não sei o que se passa
Não consigo pensar
Tenho medo do que se trata
Não me consigo encontrar.
Vai longe o tempo
Em que senti o mesmo
Talvez
com outro fundamento.
Luto para que nada aconteça
Magoar alguém
não é correcto
Talvez eu desconheça
O que é ou não certo!
Vejo onde está a razão,
Uma força interior me impele
Estou sempre pronto a dar a mão.
Quero ser sincero
Quero dar confiança
Em troca
nada quero.
Não sei o que fazer
Um amigo serei
Mas
também não quero perder
Quem eu encontrei.
Vivo os meus dias com amargura
Pareço uma criança
Esta é
uma luta dura
Mas encaro-a com confiança.
Sinto um louco divagar
De movimentos sem sentido
Olho o mundo por olhar
Caminho sem ser destemido.
Não sei o meu destino,
O imprevisto, tem outro sabor
Seguirei o caminho
Que o coração queira impor.
Sonho sem ser sonhado;
Penso sem ser pensado
Nem uma palavra...
Nem uma única
O quarto está escuro
A vela apaga suavemente
Por momentos passaram por mim
Dois minutos,
Duas horas,
Dois Anos,
Duas vidas...
Um êxtase de pensamentos,
E um pássaro infeliz…
Pela manhã sai para a cidade
E procurei-me no meio de corpos desenfreados
Não me encontrei...
Estava à beira de me enganar de novo
E se eu não conseguir ir até ao fundo
Irei aonde a minha alma me deixar
Irei onde eu me cansar
Será que irei?
Até onde houver estrada para andar eu vou
Vou caminhando
Dois minutos…
Foram antes dois dias…
Fui dormir no chão com alguma dor de cabeça
Deitei-me junto à janela
E morri uma vez mais
Como tantas outras…
Em tantas mais páginas
Mais uma…
Sozinha
Mais uma madrugada
Cansada
Imprudente
Pálida
Inconstante
Sonhadora
Morri uma vez mais…
Por momentos pensei que não queria mais respirar
Mas depois lembro-me como é sempre bom acordar
De manhã
Hum, e como é bom…
Há se vocês soubessem…
Ao ser incauto torno-me fraca
Sou mutável…
Instável
Variante
Sou eu assim
Não sei porquê…
Não me perguntes porquê…
Sou aquele que sonha fatigado
De percorrer um caminho incerto
Talvez amargurado!
O que seria a vida
Sem de vez em quando saborear um sabor
Amargo adocicado
Será a vida um apocalipse de doces desejos inatingíveis?
Dizia eu, estão lembrados?
que estávamos na beira da praia,
apreciando o por do sol...
Tudo isso me permitia minha imaginação:
sonhar com esses momentos de emoção,
desejando que eles se tornassem realidade,
que fizessem sorrir meu coração...
E o sonho teve sua seqüência ...
Continuamos nossa andança, descalços,
recebendo em nossos pés,
o mar que parecia abençoar nossa união.
O sol que já se escondera por trás de uma montanha,
ainda resplandecia seus raios nas nuvens...
Aos poucos escurecia ...
Sentamo-nos... conversamos ...
Confessando um ao outro nossos desejos,
e a cada revelação, trocávamos beijos.
Como se fora uma namorada,
em busca do sol, seu amado,
a lua surgia aos poucos do outro lado...
E o lugar em que estávamos,
começou a ser iluminado...
Aqueles raios lunares,
acompanhado de uma brisa,
que fazia esvoaçar seus louros cabelos,
iluminava a sua face, sorridente.
Você parecia estar muito feliz,
assim, como eu estava também.
Porque estávamos amando.
Mesmo em meus sonhos,
o mundo parecia mais alegre,
as estrelas faiscavam
com maior intensidade...
E eu não queria acordar
para a dura realidade...
Que foram apenas palavras
que disseste, por dizer.
Que o Eu te Amo,
fora apenas uma declaração de amizade.
Que fazer?
Acordar desse Sonho que me faz feliz ?
Ou continuar nesse mundo ilusório,
mesmo sendo um tolo ou simplório...
mantendo essa doce ilusão,
de um amor que em verdade não existe,
a não ser em minha imaginação ?
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Talvez não ser, é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando o meio dia com uma flor azul,
sem que caminhes mais tarde pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem vermelha da rosa, sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante conhecer a minha vida,
rajada de roseira, trigo do vento.
E desde então, sou porque tu és,
E desde então és sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
(Pablo Neruda)
Debruça a lua no chão
Não faças longa esta espera!
As tardes primaveris, febris,
se cobrem do perfume de jasmins...
Na relva mansa meu querer te alcança.
Quero amar-te a céu aberto com todas as estrelas por perto.
Quero as flores como leito e, de travesseiro, teu peito
ao som do ribeirinho num suave murmurinho.
Banho de amor, doce amor!
Como deixar de tê-lo e corresponder ao teu apelo?
Como não deixar flutuar meu corpo no teu, a navegar,
no enlevo pleno deste amor sereno?
Como te negar toda a ternura que tenho prá dar
do amor mais belo que existe
que, como eu, ainda não sentiste.
Como não ser o refrão
se és a lua que debruça no meu chão?!
Quanto mais tempo tenho,
mais as palavras elaboram
E circundam minha alma.
Sou a nuvem que ficou pra trás
No comboio do temporal.
Foi bom ficar,
Voltei arco- íris.
Nada mais..
Sou a janela que faz varanda em mim.
Minha cena,
nesta totalidade, representa minhas idéias.
Mais nada...
Sou introspectiva.
Agradecida por essências,
Vestida de sonhos.
Aparentemente querendo outras vidas,
Dentro da minha.
Nada mais...
Um dia alguém sonhou
E pensou que o mundo fosse belo
Sonhou com a paz
Esqueceu as guerras
Sonhou com o amor
Esqueceu a maldade
Sonhou com as flores
Esqueceu os espinhos
E pensou que o mundo fosse puro
Sonhou com as vitórias
Esqueceu as lutas
Sonhou com músicas
Esqueceu o som das bombas
Sonhou com lealdade
Esqueceu a falsidade
E pensou que o homem fosse homem
Sonhou com a fraternidade
Esqueceu o orgulho
Sonhou com a amizade
Esqueceu os inimigos
Sonhou com o diálogo
Esqueceu as cavernas
E viu que o mundo girou
E continua a girar
E ainda não mudou
Alguém que sonhou sorrindo
Acordou com uma lágrima
E esqueceu que existia sonho.
Como ficar sem respirar se eu preciso viver?
Como fechar os olhos se eu preciso ver?
Como ficar calado se eu preciso falar?
Como aceitar estar só se odeio a solidão?
Como não chorar se eu sinto a dor?
Como aceitar a tristeza se existe uma alegria?
Como aceitar a escuridão da noite se existe a luz do dia?
Como apagar um dia se ele existiu de verdade?
Como mudar o futuro se o presente é a realidade?
Como conter uma lágrima se meus olhos têm a liberdade?
Liberdade pra ver aquilo que o coração sente calado?
Liberdade pra ver fugindo aquilo que é amado?
Liberdade pra ver o horizonte cada vez mais distante?
Como ser livre se prisioneiro estou?
Como deixar de amar quem sempre me amou?
Como entender o errado se o erro me deixa apaixonado?
Como ser forte se o amor é meu ponto fraco?
Como entender e aceitar a realidade deste fato?
Não entendo, não aceito, não quero entender,
Pois o que mais quero e preciso é poder viver!
Acordei meio de lua;
Não sei porque ao certo;
Só sei que assim não posso ficar;
A sensação de fraqueza;
A tentação do chocolate;
A"roeção"de unha;
A irritação sem motivo;
Sei que não sou a única;
E por isso, hoje escrevo,
Para que outras percebam;
Que esses dias passam;
E que a cada dia como esse;
Algo novo surge em nós;
Um brilho diferente e envolvente;
A rotação que tranforma ou gera;
A muitas, vira amargura;
A outras uma "eterna" espera;
Sempre se conta os dias;
...Sempre como todo amanhecer.